Quando era pequena achava que tarô era coisa de gente que sabia do futuro e do passado. Não havia possibilidade de pensar nessas cartas sem imaginar uma bola de cristal com histórias mirabolantes.

Anos depois, guiada por sincronias que o Universo escancara na nossa frente e só falta desenhar – isso quando de fato, não desenha – me deparei mergulhada dentro de mim em busca de respostas, que mais tarde fui entender que o silêncio sempre pode nos dar.

Esse mergulho me levou a oportunidade de conhecer uma singela parte dos ensinamentos do Livro de Toth e suas profundas sabedorias através de um Mestre. Digo sabedorias, pois não está restrito apenas ao conhecimento. Uma vez que a teoria, é diferente de pôr em prática.

Sabedoria para agir. E não só para contemplar. – ensinou-me.

Ocorre que, no Livro de Toth, há uma profunda sabedoria sobre autoconhecimento. E diferente do que eu via quando era criança, por influência de charlatões que ficaram até famosos, se aproveitando de pessoas ingênuas, o tarô não pode, de forma alguma, ser limitado apenas à um oráculo. E que sim, é uma ferramenta para o autoconhecimento e a compreensão de nós mesmos enquanto consciências em evolução.

As vezes que senti de abrir uma carta, em busca de compreensão dos processos que vivia, só tive mais clareza, de forma sincrônica, do que se passava naquele agora.

Se brincarmos com as letras da palavra TARO, invertendo-as de lugar, temos também as palavras ROTA – como uma bússola que nos guia, ATOR – representando os personagens e papéis que desempenhamos na vida real, e por último TORA – que nos remete ao livro de Moisés.

Hoje sinto que não há presente maior, do que viver o presente em sua plenitude e que quanto mais sei, só sei que nada sei, como dizia o filósofo Sócrates. A busca é infinita.

E se há um sensato ensinamento, é que você é seu próprio Mestre. E que não há vidente ou tarólogo, que possa dar respostas mais verdadeiras do que seu próprio coração, conectado com Deus.

Carla Labate

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