Dizem que Santa Sara Kali protege os ciganos, os viajantes, as mulheres indomáveis e de espírito livre, que querem engravidar… Soube disso há pouco. Mas sei da Santa faz um tempo. Ela apareceu pra mim talvez em um dos momentos mais desafiadores da minha vida. Quando a incerteza da vida de meu pai se fez presente. O Cosmos encontrou suas maneiras de me ensinar a ser amiga da morte e a possibilidade de sua passagem. A doença talvez seja um de seus ritos mais intensos. Pois que veio, pra dizer “Olá, jovem consciência. Tu que te achas tão madura, estais pronta pra mais uma iniciação?”. Gentil, ela. Foi mesmo, não sou irônica aqui. Meu pai segue vivo. Talvez mais vivo que nunca. E todos nós ao seu redor tivemos uma chance de uma nova encarnação, em vários aspectos. Foi um divisor de águas ali. É bom quando a gente pode reencarnar em uma mesma vida. Parece que a alma voa.

Mas enfim, dizem as conversas esotéricas, que Mestre Jesus e Mestra Maria Madalena, tem entre seus 3 filhos, Sara. (Já concluo essa informação.) Contextualizando minha passagem… Era pandemia, tudo já soava um tanto estranho naquele período. Grau de consciência mudando a nível planetário. Estávamos em quarentena na Hacienda, no México. Resolvemos assistir O Código Da Vinci (filme tranquilinho!). Extremamente iniciático. Assisti com os olhos de uma criança que começou a enxergar a vida hoje. Tudo é muito simbólico e conectado. Não há nada fora do lugar. Sara está presente o filme todo. Subliminarmente, – (ou nem tanto) – andarilhando sobre (sua) linhagem de Jesus. Sinais, sinais, sinais. O filme acabou. O meu, começou.

Meu pai é entubado, com coronafuckingvairus. Em um momento em que a Ciência está a todo vapor, desesperada e com gana de desvelar questões (sem nenhuma evidência científica real). Tudo era a primeira descoberta, ninguém sabia exatamente o que fazer, estávamos todos balbuciando muito, silenciando um tanto – por todos que estavam indo – tentando entender que catso estávamos vivendo. Meu pai, que abusou de sua gigante sorte, foi pra uti no dia de Santa Sara Kali. Por algum motivo eu soube dessa informação. E eis que as Forças Superiores resolveram me mostrar que eu não estava só. “Essa é a Dra Sara, ela que vai cuidar do caso do seu pai.”, “Oi, eu sou a Sara. Eu que vou te atender pela Vivo. Em que posso ajudar?”, Sara aqui, Sara lá, era Sara em todo lugar… Mesmo! Até meio bizarro. Eu já nem me espantava mais. Aliás, nunca me espantei. Me encantei, isso sim. Me encantei com o nível de sincronicidades. Com a presença, que vinha com um zelo e cuidado diferente de tudo que eu tinha experimentado.

Outras Mães Divinas já se apresentaram pra mim, todas majestosamente poderosas. Mas essa tinha um jeito peculiar. Os mensageiros de Sara eram cuidadosos. Bem mais do que eu esperava pra esse espírito de cigana. Talvez pelas minhas ciganisses, já vi coisas estranhas por aí – o que pode gerar um certo julgamento. Mas Sara vinha com afeto. E nos fez sarar, de tal forma, que nós profundamente enroscados tornaram-se laços. Claro que falo aqui de uma essência e não da figura em si. Não sou dessas que acha que troca idéia com Saint Germain ou outros caras desse nível. Acho que eles tem mais o que fazer, mas fazem tanto, que se fazem presentes em uma fagulha fractal pra nos acolher. Faz parte do trabalho dessa galera. Mas adoro ver. Acho o maior barato conectar.

Bom, cá estamos, 2 anos depois. Nesse mês especificamente eu tô trabalhando muito. Depois de algumas cerimônias importantes, e muita vontade e presença, caminhos estão se abrindo. Conexões felizes acontecendo. Tem um ritmo meio maluco rolando, mas me sinto nutrida. 

Ontem foi dia de Santa Sara. Eu, viajando – (só podia ser assim) – como da última vez em que ela brotou, no meio de muita labuta e disposição, lembro da viagem de 2 anos atrás, e comento sobre isso. Pouco tempo depois, ganho uma massagem do hotel, que especial, vou claro! E então “Oi Carla, eu sou a Sara, eu que vou te atender. Você pode me acompanhar?” Meu coração, é obvio, riu por dentro. Mas é claro que posso te acompanhar Santa Sara. Que raio de pergunta! Tu sempre me acompanha, eu não ousaria não fazer o mesmo. Sara, uma mulher de pele preta reluzente e com uma energia dourada, olhar amendoado e um afeto que acalenta, diz que começa o ritual lavando nossos pés. Imediatamente lembro de Maria Madalena lavando os pés de Jesus, rito iniciático (Falei que ia concluir – Taí!). Eu mal sabia o que fazer com aquela presença, e provavelmente Sara (a massagista) não entendeu nada, mas eu disse: “Que coisa linda isso. Espero que alguém faça o mesmo por você também!” Ela respondeu: “Nós estamos sempre fazendo umas pelas outras.” Juro que ela disse isso! Essa conversa toda foi mega estranha e completamente cheia de sentido. Silenciei. Senti o alecrim, a lavanda, o sal e a água quente nos meus pés. O zelo de Sara e do Cosmos comigo. Sou grata, pensei. Recebo esse cuidado. E retribuo com meu Servir. Obrigada meu Deus. 

Agora a noite sentindo essa presença ainda reverberando no meu campo de energia, fui pesquisar mais sobre a Santa. Descubro essa parada das mulheres que querem engravidar. Essa noite, simbolicamente sonhei que a Bruna, mãe do Kim, de 70 e poucos anos, estava grávida. Nem me pergunte o que isso quer dizer, não faço a menor ideia. Mas achei o dado importante o suficiente pra colocar nesse texto.

Que os dias sigam assim, com um monte de sincronias e entrelaçamentos que se revelam aos poucos, e me enchem de graça. A graça das Mães Divinas.

One Reply to “Santa Sara Kali”

  1. Peguei um café quentinho e sentei em silêncio para ler suas palavras. Incrível como um texto mais longo pede um cantinho aconchegante pra chegar. Adorei a experiência de te ler aqui.
    Me emocionei com suas palavras, com o poder da chegada da Santa Sara pra você num momento difícil, angustiante. Fico feliz em saber que seu pai segue bem e que os dias difíceis agora são só memória.

    Santa Sara também chega pra mim com uma energia afetuosa, a cigania abençoada pela energia cristica, do jeito que ela parece existir em você.

    Obrigada por dividir com o mundo esse texto. Através dele conheço mais da Santa que me guia. Porque conheço mais de alguém que é guiada por ela.

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